ARQUIVO PARTICULAR JÚLIO DE CASTILHOS
CARTAS, BILHETES E ANOTAÇÕES PESSOAIS COMO FONTES HISTÓRICAS
Palabras clave:
Memória, História política, Arquivos ParticularesResumen
Documentos de uso privado, como cartas, embora sempre tenham sido usados para ler o passado, apenas nos últimos anos foram consideradas fontes com grandes possibilidades de serem objetos da pesquisa histórica. Inserindo-se nessa perspectiva, o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul passa a disponibilizar ao público um novo acervo, denominado “Arquivo Particular Julio de Castilhos”, em memória do lider republicano rio-grandense, que adquiriu projeção nacional no período da República Velha. Agrega documentação de caráter íntimo, que, em uma primeira análise, revela a intensa atividade política e familiar, entre o final do século XIX e o início do século XX. A partir da organização e disponibilização dessa documentação, discute-se a potencialidade das correspondências como fontes históricas, chamando a atenção de que são portadoras de saberes e vivências, portanto, carregadas do tempo da experiência — descontínuo e fragmentado. Este tipo de abordagem permite uma melhor compreensão do passado, uma humanização dos chamados “grandes personagens” e a recuperação dos cotidianos.
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