ANTÓNIO DA FONSECA SOARES, POR ANTÓNIO CORREIA VIANA
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v30i0.1923Palavras-chave:
Edição, António Correia Viana, António da Fonseca Soares, Frei António das ChagasResumo
A obra do poeta e depois religioso português António da Fonseca Soares (na religião Frei António da Chagas) (1631-1682), compõe-se de farte documentação distribuída em arquivos e bibliotecas de Portugal. São poemas, correspondência, oratória e prosa sobre a rotina religiosa. Há uma clara separação entre as obras de Fonseca Soares (secular) e Frei Chagas (religiosa), resultado de ação da crítica formal e moralista que colocou o poeta como mau exemplo por causa da temática popular e da expressão erótica, dando clara preferência para a impressão apenas da obra religiosa. Até meados e final do século passado prevaleceu esta situação, quando pesquisadores como Maria Pontes, Isabel Morujão e Rodrigues Lapa começaram a revitalizar a vertente poética. Entretanto, ao analisar-se a coletânea dos manuscritos copiados por António Correia Viana (1750-1785), observa-se a importância de seu trabalho para a crítica dos dias atuais, ao procurar compilar e resgatar a memória do poeta, a partir de uma perspectiva de tratamento observada no exercício de sua função de editor, que organizou a documentação e a fez circular dentro de uma cultura manuscrita ainda no século XVIII.