O QUE NOS CONTAM (OU SUGEREM) AS CAPAS
EDIÇÕES DE ALICE VIEIRA NO BRASIL E EM PORTUGAL
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v32i0.2396Palavras-chave:
Capas; Alice Vieira; Estética comparada; Imagens e narrativas; Paratextualidade; Crossover literatureResumo
Este artigo busca comparar as capas das edições brasileira e portuguesa de três obras infantojuvenis da escritora portuguesa Alice Vieira, entre outros paratextos. Intuímos que as capas das recentes edições portuguesas de Rosa, minha irmã Rosa e Meia hora para mudar a minha vida endereçam-se ao leitor infantil e juvenil, pela presença de variadas cores e bem vivas, uma profusão de personagens, retratadas de forma expressiva, junto a outros elementos, como brinquedos e animais, em composições de muito movimento, a sugerir ações. Além disso, as obras integram, em Portugal, o Plano Nacional de Leitura, constituindo, assim, parte do conjunto de obras e autoras esperado que os jovens leitores venham a conhecer. Já as capas das edições brasileiras sugerem um direcionamento das obras a leitores de todas as idades, com silêncios imagéticos, cores escuras ou tons que nos remetem a imagens envelhecidas, além de uma estética expressionista, no caso de Os olhos de Ana Marta.