DOS DOIS JEITOS DESSE ADEUS É QUE A GENTE INVENTA A VIDA:
REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS DA MORTE NA LITERATURA INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v32i0.2607Palavras-chave:
Literatura infantil, Livro ilustrado, Estudos do imaginário, MorteResumo
O presente artigo analisa livros ilustrados voltados para crianças para entender como esse tipo de obra literária aborda um assunto delicado e frequentemente evitado na infância – a morte. A partir da leitura das obras Fiapo de Trapo (1991) de Ana Maria Machado, com ilustrações de Cris Eich, e Pode chorar coração, mas fique inteiro (2021) de Glenn Ringtved, com ilustrações de Charlotte Pardi, busco realizar uma análise do diálogo promovido entre o texto e as imagens em uma dimensão simbólica, a partir da perspectiva dos estudos do imaginário. Trata-se de um olhar sobre esses livros ilustrados para além das questões que atravessam a leitura de imagens, tais como composição, enquadramento, planos e cores. O objetivo deste artigo é a leitura das imagens em uma dimensão simbólica, trazendo para o debate possibilidades interpretativas que ultrapassam o plano da materialidade da imagem e que repousam no terreno dos conteúdos simbólicos e arquetípicos e como esses podem se relacionar com seus leitores.