A MODERNIDADE E O MITO DO HERÓI VENCEDOR. AS IMAGENS MODERNAS EM JOÃO JACOBINA E CHARLES BAUDELAIRE
REFLEXO DUPLO EM UM ESPELHO INVISÍVEL
Palavras-chave:
Narrativa literária, sociedade, ética, heroísmoResumo
A ficção machadiana apresenta alguns exemplos de “personagens heróis”, como João Jacobina, do conto “O espelho”, foco central deste artigo. Tal sentido de heroísmo resguarda-se, também, na relação entre modernidade e imagem em que, agora sob a óptica de Charles Baudelaire, aquela deveria estar sob o signo do suicídio selando uma vantagem heróica que nada concede à atitude que lhe é hostil. O poeta avalia, ainda, que tal suicídio não se trata de renúncia, mas de paixão heróica. Nessa confluência de referenciais, o artigo também considera que, para Michel Foucault, o problema não é tentar dissolver as relações de poder na utopia de uma comunicação eficaz, mas propor regras de conduta, e também éticas - o ethos, na prática - o que permitiria realizar os “jogos de poder” com um mínimo de dominação pelas pessoas (e/ou personagens, heróicas ou não).