“CRÔNICA”
A SUAVE IRONIA BILAQUIANA NA GAZETA DE NOTÍCIAS
Palabras clave:
Crônica, Ironia, Olavo BilacResumen
A crônica ganhou importância no Brasil a partir da modernização da imprensa em meados do século XIX. Este gênero popularizou-se principalmente na então Capital Federal do país, o Rio de Janeiro, concomitantemente à criação de importantes jornais diários, que passaram a permitir a publicação de textos heterogêneos como a crônica. Observando a consolidação deste gênero nos
periódicos finisseculares e sua aceitação principalmente entre os leitores da sociedade carioca no limiar do século XX, o presente artigo tem por objetivo analisar alguns textos da coluna semanal “Crônica”, publicada pelo poeta e jornalista Olavo Bilac na Gazeta de Notícias (1897-1908), em que recursos retóricos como a ironia ganham destaque. Por meio da análise da escrita bilaquiana, procurou-se trazer à luz mecanismos lingüísticos e literários manuseados pelo jornalista na tentativa de convencer seus leitores sobre os benefícios sociais e culturais oriundos das reforma urbanísticas e sanitárias capitaneadas pela municipalidade carioca.
Citas
ARRIGUCCI JR., Davi. Fragmento sobre a crônica. In: ____. Enigma e comentário: ensaios sobre literatura e experiência. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 51 e seguintes.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989. (Obras escolhidas). p. 38.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 3 out. 1897, p. 1, col. 3.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 10 jul. 1898, p. 1, col. 1.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 15 jan. 1899, p. 1, col. 3.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 22 jan. 1899, p. 1, col. 2.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 23 mar. 1902, p. 1, col. 4.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 11 out. 1903, p. 1, col. 7.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 10 abr. 1904, p. 1, col. 8.
BILAC, Olavo. Crônica. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 25 jun. 1905, p. 1, col. 3.
CANDIDO, Antonio. A vida ao rés-do-chão. In: SETOR DE FILOLOGIA DA FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. p. 13 e seguintes.
COUTINHO, Afrânio. Ensaio e crônica. In: COUTINHO, Afrânio (Dir.). A literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editorial Sul Americana, 1968. v. 6, p. 122.
GOLDSTEIN, Norma (org.). Olavo Bilac: seleção de textos, notas, estudos biográfico, histórico e crítico. São Paulo: Abril Educação, 1980. p. 97 e seguintes.
HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de Arte do século XX [A theory of parody]. Tradução de Teresa Louro Pérez. Lisboa: Ed. 70, 1989. p. 73.
NEVES, Margarida de Souza. Uma escrita do tempo: memória, ordem e progresso nas crônicas cariocas. In: SETOR DE FILOLOGIA DA FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. p. 82.
MOISÉS, Massaud. A criação literária: prosa. São Paulo: Cultrix, 1982. p. 247.
RESENDE, Beatriz. Lima Barreto e o Rio de Janeiro em fragmentos. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; Campinas: Editora da UNICAMP, 1993. p. 98.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2009 Patrimônio e Memória

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todo el contenido de la revista, salvo que se indique lo contrario, está sujeto a una licencia de atribución Creative Commons BY.