Espaços de gravidade flutuante

Da vertigem em três estações movediças em "Frauta de Barro"

Autores

  • Fadul Moura Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Poesia brasileira do século XX, Memória, Coleção, Cidade, Frauta de barro

Resumo

No presente trabalho, o recorte realizado diz respeito à coleção que o eu lírico faz em duas linhas que se entrecruzam: no primeiro plano deste texto, há uma linha que se volta para o percurso que o poeta faz pela cidade; a outra, por sua vez, está para as poéticas lidas por Luiz Bacellar. Elas são fios que se tecem em toda a costura textual, a fim de serem mobilizadas como fundamentos que tematizam o caminho desenvolvido pelo poeta, enquanto ele se debruça sobre a cidade a ser colecionada. Com o manuseio das tradições, nota-se que a obra escapa à configuração convencional do exótico em relação à Amazônia, ao passo que apresenta a cidade, além de dialogar com poéticas nacionais e internacionais e tocar outros campos.

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

MOURA, Fadul. Espaços de gravidade flutuante: Da vertigem em três estações movediças em "Frauta de Barro". Faces da História, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 7–30, 2018. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/1107. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos para Dossiê