O patrimônio cultural vivo das etnias Munduruku, Apiaká e Kayabi

Autores

  • André Luis dos Santos Andrade

Palavras-chave:

Povos Indígenas, Patrimônio Cultural, Amazônia

Resumo

 Apiaká,  Munduruku  e  Kayabi entre  os anos  de  2010  e  2019  reivindicavam  o  direito  à posse  de  doze  urnas  funerárias  dos  seus ancestrais  que  estavam  na  área  afetada diretamente  pela  construção  da  hidrelétrica  de Teles  Pires  e  foram  guardadas  no  Museu  de  Alta Floresta  (MT).  Sua  disputa  pelo  direto  às  urnas está  no  escopo  de  uma  luta  mais  ampla:  o  direito  à autonomia  territorial.  Desse  modo,  em  diferentes manifestos  e  entrevistas,  indígenas  questionam não  somente  a  ideia  de  desenvolvimento engendrada  pelo  Estado  no  território  amazônico, mas o  modo  como  é  pensada  a  preservação  do patrimônio  cultural  no  Brasil  e,  nesses  termos, fazem  questão  de  estabelecer  uma  distinção  em relação  ao  patrimônio  cultural  do  não  índio:  o patrimônio  indígena  é  vivo  e,  portanto,  não  está preservado  em  Museus,  mas  na  própria  relação dos  indígenas  com  a  natureza  e  a  comunidade nacional  imaginada. 

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Publicado

2020-06-27

Como Citar

ANDRADE, André Luis dos Santos. O patrimônio cultural vivo das etnias Munduruku, Apiaká e Kayabi. Faces da História, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 192–216, 2020. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/1607. Acesso em: 21 nov. 2024.