Punks x São Paulo

As representações da cidade presentes nos fanzines (década de 1980)

Autores

  • Gustavo dos Santos Prado Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz (FAG/ Cascavel - PR)

Palavras-chave:

Punks; fanzines; São Paulo.

Resumo

O artigo procura investigar as interpretações que os punks tiveram da cidade de São Paulo, ao longo da década de 1980. Para tanto, o trabalho analisará os seguintes impressos que circularam no movimento underground da cidade: Falange Anarquista (1987), Violência Gratuita (1988, 1989), Aos Berros (1986), Sp Punk (1982), Chantagem Ocasional (1987) e Ex (s.d). Os temas recortados nesses impressos foram a violência, transporte urbano, custo de vida, participação política e meio ambiente. Espera-se que ao final, o artigo consiga trazer uma interpretação das tensões vividas pelos punks na cidade de São Paulo.

Referências

ABRAMO, Helena Wendell. Cenas juvenis. São Paulo: Página Aberta, 1994.

ALMEIDA, Gelsom Rozentino de. História de uma década quase perdida: PT, CUT, crise e democracia no Brasil (1978-1989). Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

ALMEIDA, Roberto Schidt de. A industrialização e a questão ambiental na região Sudeste do Brasil. Caminhos da Geografia. Uberlândia, n. 4, p. 53-66, 2004.

ALONSO, Angela; COSTA, Valeriano. Por uma Sociologia dos conflitos ambientais no Brasil. Anais do Encontro do Grupo Meio Ambiente e Desenvolvimento da Clasco. Rio de Janeiro, n.1, p. 115-137, 2000.

BARCELLOS, C. Rota 66 – a história da polícia que mata. 8. ed. São Paulo: Globo, 1992. In: MORGADO, Maria Aparecida. Aprovação popular de execuções levadas a termo por policiais militares: um desafio político – pedagógico para os movimentos de direitos humanos. Revista da Faculdade de Educação. Campo Grande, n. 3, p. 74-95, 2005.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. Dinâmicas urbanas na metrópole de São Paulo. In: LEMOS, Amalia Inés de; ARROYO, Mónica; SILVEIRA, María Laura (Orgs.). América Latina: cidade, campo e turismo. São Paulo: CLACSO – Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, diciembre, 2006.

CHARTIER, Roger. Inscrever e apagar: cultura escrita e literatura. Tradução de Luzmara Curcino Ferreira. São Paulo: Editora Unesp, 2007.

CHAUÍ, Marilena. A não-violência do brasileiro, um mito interessantíssimo. Simpósio Educação e Sociedade Violenta. São Paulo, n.1, 1980.

CRUZ, Heloisa de Faria; PEIXOTO, Maria do Rosário da Cunha. Na oficina do historiador:

conversas sobre a História e Imprensa. Projeto História. São Paulo, v.35, dez. 2007, p.253-269.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. Tradução de Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2010

DOWNING, John D. H. Mídia Radical: rebeldia nas comunicações e nos movimentos sociais. Tradução de Silvana Vieira. 2.ed. São Paulo: Editora SENAC, 2002.

DREIFUSS, René Armand. 1964: A conquista do Estado (Ação política, poder, e golpe de classe). Petrópolis, Vozes, 1981.

FISH, Justin. Rota 66: licença para matar. Revista de Literatura Brasileira. Porto Alegre, n. 54, p. 1-8, 2016.

FORATTINI, Oswaldo Paulo. Qualidade de vida e meio urbano. A cidade de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Pública. São Paulo, n. 2, 1991, p. 75-86.

GALLO, Ivone Cecília D‟Ávila. Punk: Cultura e Arte. Varia Historia. Belo Horizonte, n. 40, 2015, p. 747 – 770.

GASPARI, Elio. A ditadura derrotada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

GUIMARÃES, Edgar. Fanzine. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.

JACOBI, Pedro. Cidade e meio ambiente: percepções e práticas em São Paulo. São Paulo: Annablume, 2006.

MAGALHÃES, Henrique. A nova onda dos fanzines. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2004.

MATOS, Maria Izilda Santos de. Cotidiano e cultura: história, cidade e trabalho. Bauru – São Paulo: EDUSC, 2002.

MATOS, Maria Izilda Santos de. Entre Avenidas e Malocas: São Paulo de Prestes Maia e Adoniran Barbosa. In: LEENHARDT, Jacques. Et all. (orgs) História cultural da cidade. Porto Alegre: Marcavisual/ PROPUR, 2015, p. 38-64.

MORGADO, Maria Aparecida. Aprovação popular de execuções levadas a termo por policiais militares: um desafio político-pedagógico para os movimentos de direitos humanos. Revista da Faculdade de Educação (Cuiabá), n. 3, p. 74-95, jan./jun. 2005.

NEME, Cristina. A instituição policial na ordem democrática: o caso da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 107 f. 1999. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

OLIVEIRA, Roberto Camargos de. Do punk ao hardcore: elementos para uma história da música popular no Brasil. Temporalidades. Belo Horizonte, n. 1, 2001.

OLIVEIRA, Valdir da Silva. O anarquismo do movimento punk: cidade de São Paulo, 1980-1990. 136 f. 2017. Dissertação (Mestrado em História) – Pontifícia Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

SCHWARTZMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

SEGAWA, Hugo. Prelúdio da Metrópole: Arquitetura e Urbanismo em São Paulo na passagem do século XIX ao XX. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.

PAIS, José Machado. Bandas de Garagem e Identidades Juvenis. In: COSTA, Márcia Regina da; SILVA; Elisabeth Murilho da (Orgs.). Sociabilidade Juvenil e Cultura Urbana. São Paulo: Educ, 2006, p. 29-55.

PRADO, Gustavo dos Santos. O nascimento do morto: punkzines, Cólera e música popular brasileira. São Paulo: e-manuscrito, 2019.

PRADO, Gustavo dos Santos. Os fanzines punks: a estética agressiva, caótica e poluída (Anos 80). In: XXII ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH-SP, 1, 2014, Santos - SP: Anais do XXII Encontro Estadual de História da Anpuh. Santos – SP: Anpuh, 2014, p. 1-15.

PRADO, Gustavo dos Santos. A exclusão no papel: a vida na periferia presente nos fanzines punks de São Paulo (anos 1980 e 1990). Revista Brasileira de História e Ciências Sociais. Porto Alegre, n. 18, p. 227-245, 2017.

SARLO, Beatriz. Cenas da vida pós-moderna: intelectuais, arte e videocultura na Argentina. Tradução de Sérgio Alcides. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006.

SHAFER, R. Murray. A afinação do mundo – uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto de nosso ambiente: a passagem sonora. Tradução de Marisa Trench Fonterrada. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

SILVA, Francisco Acasio da. Mobilidade urbana e transporte público na cidade de São Paulo. Nono modal da extensão do Monotrilho da Zona Leste. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Sociais), Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, 2014.

REIS FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. O século XX – tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei: Legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel/Fapesp, 1997.

ROLNIK, Raquel. São Paulo. Coleção Folha Explica. São Paulo: Publifolha, 2009, p.31-36.

TEIXEIRA, Aldemir Leonardo. O movimento punk no ABC paulista. Anjos: uma vertente radical. 277 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

VASCONCELOS, Eduardo Alcântara de. Circular é preciso, viver não é preciso: a história do trânsito na cidade de São Paulo. São Paulo: Annablume: FAPESP, 1999.

VIOLA, Eduardo J. A heterogeneidade política. Lua Nova: Revista de Cultura e Política (São Paulo), n. 4, 1977, s.p.

VIOLA, Eduardo J. O movimento ecológico no Brasil (1974-1986): do Ambientalismo à Ecopolítica. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, v.3, n.3, 1986.

ZAVERUCHA, Jorge. Rumor de Sabres: tutela militar ou controle civil? São Paulo: Ática, 1994. In: CASTRO, Celso; D’ARAÚJO, Maria Celina. Militares e política da Nova República. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001.

Downloads

Publicado

2023-06-27

Como Citar

DOS SANTOS PRADO, Gustavo. Punks x São Paulo: As representações da cidade presentes nos fanzines (década de 1980). Faces da História, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 290–308, 2023. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/2477. Acesso em: 8 maio. 2024.