ENTRE PRAGAS E ADÁGIOS
AMOR POR ANEXINS, DE ARTHUR AZEVEDO, E SUAS IMPLICAÇÕES PARÓDICAS
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v31i0.2201Palabras clave:
Amor por anexins, Arthur Azevedo, Paródia, FarsaResumen
Por volta de 1870, estreava a farsa ou entreato cômico Amor por anexins, trabalho teatral mais antigo de Arthur Azevedo a que temos acesso. Em cena temos duas personagens: Inês, costureira viúva, jovem e pobre, e Isaías, velho solteirão com situação financeira mais confortável. Inês, que aspirava a um “bom casamento” com um pretendente jovem e rico, tenta fugir das investidas inoportunas de Isaías, caracterizado como o “homem dos anexins” por não conseguir proferir uma frase sem utilizar ditos populares. Partindo desse enredo, retomamos a relação paródica entre Amor por anexins e a comédia em um ato Les jurons de Cadillac, de Pierre Berton, cuja tradução livre As pragas do coronel, de Luís Guimarães Junior, é citada na peça de Azevedo pela personagem Inês. Pretendemos, com isso, observar como a armação dramática da comédia de Berton é apropriada e ressignificada em Amor por anexins, que, por sua vez, enforma conflitos sociais específicos do Brasil oitocentista.