O BURACO, DE JOSÉ ÂNGELO VIEIRA DE BRITO
UM FOLHETIM NATURALISTA PORNOGRÁFICO
Palavras-chave:
O Rio Nu, Naturalismo Pornográfico, José Ângelo Vieira de Brito, Romance em folhetimResumo
Este ensaio discute a criação do gênero romance em folhetim naturalista, formulada a partir das premissas de D. F. Mckenzie (2004) e Roger Chartier (1998) e dos trabalhos de Leonardo Mendes e Pedro Paulo Garcia Ferreira Catharina (2009) sobre o Naturalismo. No que tange à pornografia no século XIX utiliza-se o conceito de Pena-macho, formulado por Natanael Azevedo (2025). A análise se faz a partir do romance O Buraco (1899/1900), do escritor negro José Ângelo Vieira de Brito, cuja produção como jornalista e romancista foi apagada pela história da literatura brasileira. O escritor alagoano era um dos redatores de O Rio Nu (1898-1916), onde o romance foi publicado, e fez uso de vários pseudônimos, entre os quais Bock, J. Brito, Bier, Mané Gregório e Carlos Eduardo.



