Quando a cidade não passa
memória e patrimônio na poesia baiana
Palavras-chave:
Memória, Cidade, Patrimônio cultural, Poesia, Pacífico RibeiroResumo
A poesia baiana tem uma vasta produção concentrada no tema do espaço urbano, especificamente aquele que evidencia a memória do lugar. Neste trabalho propomos analisar a relação entre memória urbana e patrimônio na obra Meu canto de amor a Jequié (1997) do poeta baiano Pacífico Ribeiro. A cidade é definida menos por seus contornos geográficos, do que pelo seu caráter social, com foco na relação que os habitantes estabelecem com os espaços de vivência. A cidade comporta uma herança simbólica materializada em seus elementos urbanizados, sendo a literatura lócus de materialização desses componentes. Assim, vivências particulares podem deixar entrever o passado que constitui um arcabouço memorialístico que se desdobra em patrimônio cultural.
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