PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL E MEMÓRIA SOCIAL INDÍGENA SOB RISCO

O golpe de 05 de junho de 2024 contra o Museu do Vale do Arinos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/pem.v21i1.3780

Palavras-chave:

Patrimônio histórico-cultural;, Memória indígena;, Extensão universitária;, Museu;, Golpe

Resumo

Este artigo analisa o golpe de 05/06/2024 contra o Museu do Vale do Arinos (Juara-MT) como expressão da violência colonial que busca apagar memórias indígenas e legitimar narrativas hegemônicas sobre a Amazônia mato-grossense. Com metodologia interdisciplinar – teorias decoloniais, análise midiática e diálogos com povos Apiaká, Kayabi, Rikbaktsa e Munduruku –, demonstra-se como o museu, criado em 2018 pela UNEMAT e parcerias multidisciplinares de base, desmonta o mito da Amazônia “a-histórica” através de acervos arqueológicos. A tomada violenta do espaço, na intenção de convertê-lo em instrumento de exaltação colonial, revela articulação entre elites locais e omissão institucional, expondo cumplicidades com a colonialidade do poder. A pesquisa evidencia que o conflito simboliza disputas fundacionais: grilagem de narrativas, racialização de saberes e resistência indígena. Conclui-se que a defesa do museu é imperativo ético para descolonizar instituições, exigindo redes plurissetoriais (universidade pública, movimentos sociais, povos indígenas) contra violências estruturais. Vinculando o caso às lutas amazônicas, reafirma-se a ciência como instrumento de denúncia, alertando contra a naturalização de ataques a espaços decoloniais.

Biografia do Autor

Saulo Augusto de Moraes, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Mestre em Educação e atualmente doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (Universidade Anhanguera – UNIDERP). É docente interino da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Juara, com atuação voltada a educação intercultural e projetos indigenistas. Diretor do Museu do Vale do Arinos (MuVA Juara-MT / UNEMAT).

Jairo Luís Fleck Falcão, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Pelotas (1995), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2004) e doutorado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2009). Pós-Doutorado em Economia, com ênfase em Economia Solidária na Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de História, com ênfase em Ensino de História, História da Educação, Sociologia da Educação, Metodologia Científica e Metodologia da Pesquisa em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, história, grupo, interdisciplinaridade e cultura. Minha produção tem sido sobre Mundos do Trabalho, especificamente sobre os trabalhadores vinculados a Cooperativas de Trabalho, Associações de Trabalhadores e Sindicatos de trabalhadores avulsos. Pesquiso a busca de alternativas de sobrevivência dos trabalhadores frente às mudanças no mundo do trabalho, a globalização e o neoliberalismo, bem como a manutenção de formas de trabalho como meio de sobrevivência. Ultimamente tenho me dedicado a algumas frentes de Pesquisa, Ensino e Extensão, que resumem-se em: Formação de Professores; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, Programa de Residência Pedagógia; História da Educação; Processos de (Re)Ocupação da Amazônia Mato-Grossense; Narrativas de Memória; Patrimônio Histórico do Vale do Arinos.

Renato Fonseca de Arruda, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Doutor em Museologia e Patrimônio pela UNIRIO/MAST, com Pós-Doutorado em Geografia realizado no PPGGeo Unemat, Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural pelo IPHAN e graduação em Licenciatura Plena em História pela Unemat. Ingressou em abril de 2025 como Professor Visitante no PPGGeo/Unemat e coordenador de Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão do Museu do Vale do Arinos (UNEMAT), com expertise em história, patrimônio cultural e museologia, além de experiência em assessoria técnica e análise de projetos ligados a bens patrimonializados ou musealizados. Com atuação destacada, foi representante da sociedade civil no Colegiado Setorial de Patrimônio Material do Ministério da Cultura (2013-2018), membro da diretoria do GT História e Patrimônio da ANPUH-BR (2021-2022) e cofundador do FEDPCB-MT, representando a ANPUH-BR no Fórum desde 2020. Atualmente, coordena a Rede de Educadores em Museus e Patrimônio de Mato Grosso (REMP-MT) e preside a Comissão Especial de Proteção e Tombamento de Cáceres (MT).

Waldineia Antunes de Alcântara Ferreira, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1991), Especialização em Currículo do Ensino Fundamental - Conteúdos e Metodologias na área de 1 grau - Nível I a IV - UNEMAT (1994), graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1997) e Mestrado em Educação - Área de Concentração: Educação, Cultura e Sociedade - Linha de Pesquisa: Educação e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Mato Grosso (2007). É Doutora pela UFGRs com a tese "Educação Escolar indígena na Terra Indígena Apiaká-Kayabi em Juara - MT: Resistências e Desafios". Professora efetiva da Universidade do Estado de Mato Grosso (DE). Atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação (Unemat - Campus de Cáceres) e no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Ensino em Contexto Indígena Intercultural (Unemat - Campus de Barra do Bugres). Tem experiência na área de Educação, atuando nos seguintes temas: Educação Escolar Indígena; Educação, Diversidade e Interculturalidade; Currículo e Educação Ambiental.

Francine Suélen Assis Leite, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado. Mestra em Educação pela Universidade Federal do Mato Grosso. Atua como professora Assistente no curso de Pedagogia da Faculdade de Educação e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado, campus universitário de Juara. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa "Fronteira, Territorialidade e Cultura: História do Vale do Arinos na memória de seus habitantes" da Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhaguera-Uniderp (Uniderp/MS).

Rosalia de Aguiar Araújo, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (2003), graduação em Pedagogia pela Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso (1995) e mestrado em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal de Mato Grosso (2008). Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação do NUPEM-Macaé-RJ. Membra fundadora do Instituto de Educação, Cultura e Meio Ambiente (ECUMAM) e contratada da Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação ambiental, educação indígena, formação continuada, tecnologias na educação, projetos de aprendizagem, orientações curriculares.

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Publicado

06-10-2025

Como Citar

Moraes, S. A. de, Luís Fleck Falcão, J., Arruda, R. F. de, Ferreira, W. A. de A., Leite, F. S. A., & Araújo, R. de A. (2025). PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL E MEMÓRIA SOCIAL INDÍGENA SOB RISCO: O golpe de 05 de junho de 2024 contra o Museu do Vale do Arinos . Patrimônio E Memória, 21(1), 1–27. https://doi.org/10.5016/pem.v21i1.3780