AUTORES ENTRE O TESTEMUNHO E O ARQUIVO
Palavras-chave:
Aura, Autoria, TestemunhoResumo
A aura atribuída à autoria, na modernidade, apagou a pessoa histórica do escritor enquanto trabalhador que constrói uma poética a partir dos instrumentos disponibilizados pela tecnologia e pelos processos de manufatura próprios à imprensa. A atividade dos acervos literários, suplantando sua condição de arquivo, poderá contribuir para redescobrir o escritor enquanto sujeito e testemunha da história.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. Homo Sacer III. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
AGAMBEN, Giorgio. Ce qui reste d’Auschwitz: l’archive et le témoin. Homo Sacer III. Tradução de Pierre Alferi. Paris: Payot & Rivages, 2003.
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Mérito, 1959.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Mérito, 1959.
ASSIS, Machado de. O primo Basílio. São Paulo: Mérito, 1959.
ASSIS, Machado de. Confissões de uma viúva moça. In: ___. Contos fluminenses. São Paulo: Mérito, 1959. p. 187-188.
BAUDELAIRE, Charles. Pequenos poemas em prosa. Tradução de Aurélio Buarque de Holanda. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
BENJAMIN, Walter. Pequena história da fotografia. In: ___. KOTHE, Flávio (Org.). Walter Benjamin. São Paulo: Ática, 1985.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: ___. Discursos interrumpidos I. Tradução de Jesus Aguirre. Madri: Taurus, 1973.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, Luiz Costa (Org.). Teoria da cultura de massa. Rio de Janeiro: Saga, s. d.
BENJAMIN, Walter. Sobre alguns motivos em Baudelaire. In: ___. Textos escolhidos. Tradução de José Lino Grünewald; Edson Araújo Cabral; José Benedito de Oliveira Damião; Erwin Theodor Rosental. São Paulo: Abril Cultural, 1975. (Col. Os Pensadores, v. XLVIII)
BOOTH, Wayne. The rhetoric of fiction. Chicago: Chicago University Press, 1973.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1956.
CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger (Org.). História da leitura no mundo ocidental. Tradução de Cláudia Cavalcanti, Fulvia M. L. Moretto, Guacira Marcondes Machado e José Antônio de Macedo Soares. São Paulo: Ática, 1998-1999. 2 v.
CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CERVANTES, Miguel de. Don Quijote de la Mancha. Madri: Real Academia Española; Asociación de Academias de la Lengua Española, 2004. p. 543.
CERVANTES, Miguel de. Prólogo al lector. In: ___. Don Quijote de la Mancha. Madri: Real Academia Española; Asociación de Academias de la Lengua Española, 2004. p. 543.
DIAS, Antônio Gonçalves. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 3. ed. Tradução de António Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Vega, 1992. p. 46.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 3. ed. Tradução de António Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Vega, 1992. p. 33.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 3. ed. Tradução de António Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Vega, 1992. p. 53.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 3. ed. Tradução de António Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Vega, 1992. p. 53-54.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 3. ed. Tradução de António Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Vega, 1992. p. 55.
GOMES, Eugênio. Influências inglesas em Machado de Assis. Rio de Janeiro: Pallas; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1976.
HÉBRARD, Jean. Por uma bibliografia material das escrituras ordinárias. A escritura pessoal e seus suportes. In: MIGNOT, Ana Chrystina Venancio; BASTOS, Maria Helena Camara; CUNHA, Maria Teresa Santos (Org.). Refúgios do eu. Educação, história, escrita autobiográfica. Florianópolis: Mulheres, 2000.
JOBIM, José Luís (Org.). A biblioteca de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Topbooks; Academia Brasileira de Letras, 2001.
KRISTEVA, Julia. Hannah Arendt. Tradução de Ross Guberman. New York: Columbia University Press, 2001.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. O preço da leitura. Leis e números por detrás das letras. São Paulo: Ática, 2001.
MASSA, Jean-Michel. A juventude de Machado de Assis. 1839-1870: Ensaio de biografia intelectual. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
MASSA, Jean-Michel. La Bibliothèque de Machado de Assis. Revista do Livro, v. 6, n. 21-22, p. 195-238, mar.-jun. 1961.
MIGNOT, Ana Chrystina Venancio; BASTOS, Maria Helena Camara; CUNHA, Maria Teresa Santos (Org.). Refúgios do eu. Educação, história, escrita autobiográfica. Florianópolis: Mulheres, 2000.
MOLIÈRE. As sabichonas. Tradução de Octavio Mendes Cajado. In: ___. Teatro escolhido. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1965. v. 2, p. 48.
MORAES, Vinicius de. Poesia. Organização de Pedro Lyra. Rio de Janeiro: Agir, 1983.
QUINTANA, Mario. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973. p. 16.
SANT'ANNA, Affonso Romano de. Que fazer de Ezra Pound. Rio de Janeiro: Imago, 2003.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo. Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades, 1980.
WOODMANSEE, Martha. The Author, Art, and the Market. Rereading the History of Aesthetics. New York: Columbia University Press, 1994.
WOODMANSEE, Martha; OSTEEN, Mark (Ed.). The New Economic Criticism. Studies at the Intersection of Literature and Economics. London and New York: Routledge, 1999.
ZILBERMAN, Regina. Memórias póstumas de Brás Cubas: diálogos com a tradição literária. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 133-134, p. 155-170, abr.-set. 1998.
ZILBERMAN, Regina. “Minha theoria das edições humanas” – Memórias póstumas de Brás Cubas e a poética de Machado de Assis. In: ___. As pedras e o arco: fontes primárias, teoria e história da literatura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.
ZILBERMAN, Regina. Do mito ao romance. Tipologia da ficção brasileira contemporânea. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul; Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1977.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 Regina Zilberman

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.