POR QUE AINDA A MELANCOLIA?...

Autores

  • Lívia Santiago Moreira

DOI:

https://doi.org/10.5016/msc.v23i0.1172

Palavras-chave:

Melancolia, Patologia da ficção, Superego, Constituição Subjetiva, Subordinação

Resumo

A melancolia é “uma rebelião que foi aniquilada” (BUTLER, 1997). Se o tempo no qual vivemos produz a melancolia como efeito necessário à sustentação de suas formas de regulação de poder (SAFATLE, 2016), então, deveremos investigar tanto aquilo que impede a insurreição do sujeito quanto as condições de possibilidade de afirmação da negatividade do discurso melancólico. A vertente política da melancolia é inseparável da dinâmica de poder do mundo psíquico. Veremos que a impossibilidade do trabalho de luto refere-se a uma resposta ao que não pôde ser reconhecido na cultura como passível de ser enlutado (BUTLER, 1997). Tomaremos a noção de superego freudiano como uma “patologia da ficção” que bloqueia a criação e a incorporação de outras ficções capazes de promover novas construções subjetivas. Será através da própria noção de ficção que nos apoiaremos para indicar possíveis linhas de fuga.

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Publicado

2018-09-12

Como Citar

Santiago Moreira, L. (2018). POR QUE AINDA A MELANCOLIA?. Miscelânea: Revista De Literatura E Vida Social, 23, 311–333. https://doi.org/10.5016/msc.v23i0.1172

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS/ORIGINAL ARTICLES