MEMÓRIAS FICCIONAIS DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA EM LIVRO DE JOSÉ LUÍS PEIXOTO
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v22i0.1099Palabras clave:
Emigração portuguesa, memórias ficcionais, escritas do eu.Resumen
Neste artigo analisa-se o romance Livro de José Luís Peixoto (2010), enquanto narrativa que reelabora as memórias da grande vaga migratória portuguesa para França nas décadas de 1960 e 1970 do século passado. Propõe-se tecer algumas reflexões sobre as formas como as memórias se apresentam na escrita literária e sobre a presença do escritor no romance como instância enunciadora que elabora uma ficcionalização do próprio eu, pertencente, enquanto filho de emigrantes regressados a Portugal antes de ele nascer, a uma segunda geração, de pós-memória, sendo descendente de quem vivenciou diretamente esta vaga migratória.