Os sons que vêm do exílio

diáspora, identidade e transgressões na trajetória de Tânia Maria

Autores

Palavras-chave:

Tânia Maria; jazz brasileiro; exílio; ditadura militar

Resumo

No auge dos Anos de Chumbo (1968-1974), como tantos músicos, a pianista Tânia Maria deixou o Brasil. Orientados por Rollemberg (1999) e Muller (2014), analisamos a experiência de autoexílio da artista, procurando perceber o impacto do degredo em sua carreira. Examinamos que vários fatores inviabilizaram a vida musical de Tânia no país, e a ditadura apenas acirrou estes problemas. Diante da obstrução da liberdade criativa e do insucesso de seu trabalho no Brasil, a pianista resolveu buscar sua realização na cena global de jazz. Nesse processo de desinstalação – considerando sua relação por vezes fraturada e flutuante com a cultura brasileira –, Tânia reinventou sua identidade, proliferando através de sua obra uma forma específica de brasilidade musical.

Biografia do Autor

Antonio Carlos, Universidade Federal do Maranhão

Doutorando em História e Conexões Atlânticas (PPGHIS) pela UFMA. Graduado em História pela UEMA, São Luís-MA. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira pela FACUMINAS, Montes Claros-MG. Integrante do GEJAZZBR (Grupo de Estudos do Jazz no Brasil) e do GPMUSI (Grupo de Estudos em Práticas Musicais no Maranhão).

Renan Ruiz, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Doutorando e mestre em História e Cultura Social pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP/Franca, Franca-SP. Membro do GECU (Grupo de Estudos Culturais da UNESP) e do GEJAZZBR (Grupo de Estudos Jazz no Brasil).

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Publicado

2022-12-20

Como Citar

RIBEIRO JÚNIOR, Antonio Carlos Araújo; RUIZ, Renan Branco. Os sons que vêm do exílio: diáspora, identidade e transgressões na trajetória de Tânia Maria. Faces da História, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 206–233, 2022. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/2361. Acesso em: 21 nov. 2024.