Uma representação literária da construção da identidade nacional no México

o caso de Juan Rulfo

Autores

  • Paulo Ferraz de Camargo Oliveira

Palavras-chave:

Juan Rulfo; História e ficção; História da América; Literatura mexicana; Revolução Mexicana.

Resumo

No livro de contos Chão em chamas (1953) e no romance Pedro Páramo (1955), o escritor mexicano Juan Rulfo (1917-1986) foi capaz de escapar do enquadramento narrativo típico das chamadas novelas de la revolución, que abarcam escritores como Martín Luis Guzmán, Mariano Azuela, José Rubén Romero, Federico Gamboa, José Revueltas, Agostín Yáñez, entre outros, que produziram obras marcadas pelos conflitos revolucionários e que se constituíram em crítica social. Rulfo, ao mesmo tempo que produz sua crítica social, não se preocupa exclusivamente com a Revolução. Suas personagens, apesar de inseridas no México revolucionário, são construções simbólicas relacionadas a determinada condição humana, a de indivíduos desprovidos da assistência do Estado, das condições mínimas de sobrevivência e, sobretudo, de esperanças. Assim, pode-se identificar em Rulfo um escritor menos colado em sua realidade imediata, ainda que esta seja essencial para a composição de sua obra, e mais voltado para questões relativas ao ser humano.

Biografia do Autor

Paulo Ferraz de Camargo Oliveira

Adaptação de parte da dissertação As representações temporais na obra de Juan Rulfo apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). A pesquisa foi realizada com o financiamento da FAPESP.
Historiador. Mestre em História Social no Departamento de História da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de História.

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Publicado

2017-08-22

Como Citar

OLIVEIRA, Paulo Ferraz de Camargo. Uma representação literária da construção da identidade nacional no México: o caso de Juan Rulfo. Faces da História, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 161–175, 2017. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/246. Acesso em: 3 dez. 2024.