Uma representação literária da construção da identidade nacional no México
o caso de Juan Rulfo
Keywords:
Juan Rulfo; História e ficção; História da América; Literatura mexicana; Revolução Mexicana.Abstract
No livro de contos Chão em chamas (1953) e no romance Pedro Páramo (1955), o escritor mexicano Juan Rulfo (1917-1986) foi capaz de escapar do enquadramento narrativo típico das chamadas novelas de la revolución, que abarcam escritores como Martín Luis Guzmán, Mariano Azuela, José Rubén Romero, Federico Gamboa, José Revueltas, Agostín Yáñez, entre outros, que produziram obras marcadas pelos conflitos revolucionários e que se constituíram em crítica social. Rulfo, ao mesmo tempo que produz sua crítica social, não se preocupa exclusivamente com a Revolução. Suas personagens, apesar de inseridas no México revolucionário, são construções simbólicas relacionadas a determinada condição humana, a de indivíduos desprovidos da assistência do Estado, das condições mínimas de sobrevivência e, sobretudo, de esperanças. Assim, pode-se identificar em Rulfo um escritor menos colado em sua realidade imediata, ainda que esta seja essencial para a composição de sua obra, e mais voltado para questões relativas ao ser humano.
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