Tudo está estremecido

por que a filosofia da história floresce em tempos de crise?

Autores/as

  • João Roolfo Munhoz Ohara

Palabras clave:

filosofia da história; relação entre passado e presente.

Resumen

A filosofia da história dificilmente desaparecerá em um mundo assolado por crises. Crises, entendidas como anomalias dos modos pelos quais as pessoas concebem suas relações entre passado e presente, servem como ímpeto, mais que como obstáculo, à filosofia da história. Quanto mais as sociedades imaginam se o crescimento econômico é infinito, ou se as crianças no Ocidente algum dia alcançarão os níveis de prosperidade de seus pais, ou como o crescente peso da dívida pública afetará o “contrato social entre gerações”, mais provável que elas repensem suas relações herdadas entre passado e presente. Em certo sentido, portanto, a filosofia é um fenômeno de crise: o gênero floresce em tempos de incerteza. Isso não significa que a filosofia da história será sempre ensinada em departamentos
acadêmicos de história: o gênero tem sido praticado muitas vezes, para não dizer frequentemente, por não-historiadores. Os historiadores podem querer considerar, no entanto, o quão bem eles servem suas sociedades se permitem que a filosofia da história seja praticada sem as checagens críticas e balanços da historiografia profissional.

Publicado

2017-08-18

Cómo citar

OHARA, João Roolfo Munhoz. Tudo está estremecido: por que a filosofia da história floresce em tempos de crise?. Faces da História, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 73–80, 2017. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/180. Acesso em: 30 nov. 2024.