Genealogia social de um conceito

o "kung fu" como arte marcial no ocidente

Autores

  • Fabrício Pinto Monteiro

Palavras-chave:

Artes Marciais; Kung fu; História Social

Resumo

Este artigo possui como objetivo investigar a genealogia do conceito “kung fu” na rede de sentidos que relaciona-o hoje em nossa sociedade às artes marciais chinesas, visto que este não era um de seus significados originais. A atribuição de significados a uma palavra não é vista aqui como um fenômeno linguístico simples e evidente, mas como construções de relações e práticas sociais de indivíduos e grupos, passíveis de reflexão pela História Social.

Referências

ACEVEDO, William.; GUTIÉRREZ, Carlos.; CHEUNG, Mei. Breve história do kung fu. São Paulo: Madras, 2011.

AMIOT, Jean-Marie. Notice du Cong-fou de bonze Tao-sée. In: AMIOT, Jean-Marie. Mémoires concernant l’histoire, les science, les arts, les moeurs, les usages, etc. Des chinoise, par les missionnaires de Pe-kin. Paris: Nyon l’ainé Libraire, 1779. (Tome quatrième).

BICKERS, Robert.; TIEDEMANN, R. The Boxers, China and the World. Lanham: Rournan & Littlefield, 2007.

CHEUNG, Pei-Kai.; LESTZ, Michael.; SPENCE, Jonathan.The search for modern China: a documentary collection. New York/London: WW Norton & Company, 1999.

CHIA, Mantak. Chi Kung da Camisa de Ferro. São Paulo, 2005.

COHEN, Paul. History in three keys: the Boxers as event, experience and myth. New York: Columbia University Press, 1997.

COLLIER, B. In New York, “Lions” greet the Lunar New Year. The New York Times. New York. 18/02/1969.

CURIOUS CONDENSATIONS. The Pittsburg Dispatch. Pittsburg, 03/12/1890.

DALLY, Nicolas. Cinésiologie ou science du mouvement das ses rapports avec l’éducation. Paris: Librairie Centrale des Sciences, 1857.

DAVIN, Emmanuel. Un éminent sinologue toulonnais du XVIIIe siècle, le R. P. Amiot, S. J. (1718-1793). Bulletin de l’Association Guillaume Budé. Paris, n°3, p. 380-395, octobre 1961.

DAVIS, Llewelly. The chinese boxers. The Evening Star. Renselaer. 28/07/1900.

DIDIER, Hugues. Os portugueses no Tibete: os primeiros relatos dos jesuítas (1624-1635). Lisboa: Comissão nacional para as comemorações dos descobrimentos portugueses, 2000.

DUDGEON, John. The beverages of the chinese/ Kung-fu or tauist medical gymnastics/The population of China/ A modern chinese anatomist and A chapter in chinesesurgery. Tientsin: The Tientsin Press, 1895.

ELLIOTT, Jane. Some did it for civilisation, some did it for their country: a revised viewof the Boxer War. Hong Kong: The Chinese University Press, 2002.

ESHERICK, Joseph. The origins of the Boxer Uprising. Berkeley/Los Angeles/London: University of California Press, 1997.

FAIRBANK, John.; GOLDMAN, Merle. China: uma nova história. Porto Alegre, L&PM, 2006.

FENBY, Jonatha. History of modern China: the fall and rise of a great power, 1850-2009. London: Penguim Books, 2009.

GONG Prince. October 1861. Memorial. In: CHEUNG, Pei-Kai.; LESTZ, Michael.; SPENCE, Jonathan. The search for modern China: a documentary collection. New York/London: WW Norton & Company, 1999. p. 155.

GUO, Y.; ZHUANG, R. (et. al.) Qingyi “Wuyi” dai “Guoshu” zhi ming lue shuo. Guoshu Yanjui. Vol. 6, n. 2, dez. 1997.

HENNING, Stanley. The chinese martial arts in historical perspective. Military Affairs. Lexington, v. 45, n. 4, p. 173-179, dec. 1981.

JOERN, Albert. The repositioning of traditional martial arts in republican China. 163f. Dissertação (Mestrado em Artes). McGill University, Montreal, 2012.

KOSELLECK, Reinhart. Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos. Estudos históricos. Rio de Janeiro, vol. 5, n° 10, p. 134-146, 1992.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-RJ, 2006.

LANDOR, Arnold. China and the Allies. New York: Charles Scribner’s Sons. 1901.

LO, Kuang-Chung. Romance of the Three Kingdoms. Tokyo/Rutland/Singapore: Tuttle, 2002 (2 volumes).

LORGE, Peter. Chinese martial arts: from antiquity to the Twenty-first Century. Cambridge: Cambrigde University Press, 2012.

MESMERISM in China. Dodge City Times. Dodge City, 10/05/1879.

MONTEIRO, Fabrício. A genealogia de uma historiografia genealógica: a escrita da história anarquista pós-estruturalista. Faces da História. Assis, v. 1, n. 2, p. 6-31, jul-dez. 2014.

MONTEIRO, Fabrício. Transformações técnicas das lutas sob uma óptica da História Social: o boxe inglês entre os séculos XVIII e XIX. Temporalidades, ed. 24, v. 9, n. 2. p. 178-203, mai-ago. 2017.

OLIVEIRA, Francisco. A construção do conhecimento europeu sobre a China, c. 1500 – c. 1630: impressos e manuscritos que revelaram o mundo chinês à Europa culta. 403f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Universitat Autònoma de Barcelona, Barcelona, 2003.

PALAZZO, Carmen. Os Jesuítas como atores privilegiados na comunicação de imagens da China para a Europa: século XVI a XVIII. Tuiuti: Ciência e Cultura. Curitiba, n. 48, p. 13-31, 2014.

PEYREFITTE, Alain. O império Imóvel ou o choque dos mundos. Niterói: Casa Jorge, 1997.

SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

SAID, Edward. Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

SMITH, Robert. Chinese Boxing: master and methods. BERKELEY: Blue Snake Books, 1993.

SPENCE, Jonathan. Em busca da China moderna: quatro séculos de história. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

WRIGHT, David. Translating science: the transmission of western chemistry into Late Imperial China, 1840-1900. Leiden/Boston/Köln: Brill, 2000.

Downloads

Publicado

2018-06-30

Como Citar

MONTEIRO, Fabrício Pinto. Genealogia social de um conceito: o "kung fu" como arte marcial no ocidente. Faces da História, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 299–320, 2018. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/859. Acesso em: 24 abr. 2024.