DISCURSOS CONTRA-HEGEMÔNICOS EM A VARANDA DO FRANGIPANI, DE MIA COUTO

APROPRIAÇÕES DE ESTRATÉGIAS DE CONSTRUÇÃO NARRATIVA EM FAVOR DO REAL ANIMISMO AFRICANO

Autores

  • Flávio Garcia

Palavras-chave:

Mundos possíveis ficcionais; protocolos da ficção; discursos contra-hegemônicos; real animismo africano; Mia Couto

Resumo

Mia Couto, em A varanda do frangipani, apresenta, como mundo possível ficcional, a fortaleza de São Nicolau que, com a independência de Moçambique, acabou desprovida de suas funções. Durante a Guerra de Desestabilização (1977 — 1992[1]). É nesse cenário que se desenrola a história de Ermelindo Mucanca, trazido de volta à vida, no corpo do inspetor Izidine Naíta, pela ação do halakavuma, ser mágico-mítico-místico, na condição de xipoco, que lhe dá sete dias para expiar e tornar a morrer. Recorrendo a estratégias de construção narrativa comuns a literaturas da América Latina — Novo Mundo, como África —, o autor constrói um discurso contra-hegemônico inscrevível no que, apropriadamente, se pode chamar de Real Animismo Africano, em comparação com o Real(ismo) Maravilhoso ou Mágico Latino-americano.

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Publicado

2017-08-03

Como Citar

Garcia, F. (2017). DISCURSOS CONTRA-HEGEMÔNICOS EM A VARANDA DO FRANGIPANI, DE MIA COUTO: APROPRIAÇÕES DE ESTRATÉGIAS DE CONSTRUÇÃO NARRATIVA EM FAVOR DO REAL ANIMISMO AFRICANO. Miscelânea: Revista De Literatura E Vida Social, 19, 149–174. Recuperado de https://seer.assis.unesp.br/index.php/miscelanea/article/view/58

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS/ORIGINAL ARTICLES