Memória do judiciário trabalhista

sobre as fontes e sua preservação

Autores

Palavras-chave:

Processo trabalhista, Justiça do Trabalho, Fonte histórica, Pesquisa quantitativa, Análise qualitativa

Resumo

A Justiça do Trabalho surge, no Brasil, em meio ao processo de constituição da legislação trabalhista e sindical, alcançando, no decorrer de sua história, um lugar crucial nas relações sociais, as quais se tornaram crescentemente judicializadas no país. O presente artigo corresponde a uma reflexão inicial acerca das possibilidades que oferece o processo trabalhista para a consecução de análises quantitativas e qualitativas sobre o papel que a Justiça do Trabalho tem desempenhado ao longo de sua trajetória. Inicialmente, faz-se uma breve discussão a respeito dessas possibilidades para, em seguida, apresentar resultados parciais de uma pesquisa quantitativa e uma análise qualitativa dos processos, atestando, assim, seu potencial como fonte histórica.

Biografia do Autor

Valéria Marques Lobo, Universidade Estadual Paulista UNESP

ofessora associada do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em História. Doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Possui pós-doutorados pela London School of Economics and Political Science, Cedeplar, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (UFMG) e pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ULisboa). Tem experiência na área de História e Ciência Política, com ênfase em Estado e Sociedade, atuando principalmente nos seguintes temas: mundos do trabalho, democracia, estrutura sindical, legislação sindical e trabalhista, judiciário trabalhista, cidadania e mercado de trabalho. Na área de História, concentra suas atividades de ensino e pesquisa em Brasil pós-1930.

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Publicado

17-05-2025

Como Citar

Marques Lobo, V. (2025). Memória do judiciário trabalhista: sobre as fontes e sua preservação . Patrimônio E Memória, 8(2), 148–165. Recuperado de https://seer.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3671

Edição

Seção

Artigos Livres