Dopinho and the Missteps of Memory in a clandestine detention center in Porto Alegre

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5016/10.5016/1808-1967.v21i1.2823

Keywords:

Cultural Heritage, Traumatic memories, social movements, Brazilian Civil-Military Dictatorship

Abstract

During the Brazilian civil-military dictatorship, a clandestine detention center known as Dopinho was set up in Porto Alegre (RS). For more than a decade, civil society movements have been demanding its recognition as a site of memory, but this has not materialized in the face of the dispute over memories of the Brazilian authoritarian period (1964-1985). The article analyzes the actions of the social movements and the processes of listing the property in the different instances of power, highlighting the administrative obstacles and the weight of denialism and ideological revisionism in the course of this struggle.

Author Biographies

Letícia Julião, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação

PhD. in History (2008) from the Federal University of Minas Gerais, with an internship at the Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne. She holds a Master's degree in Political Science (1992) and a Bachelor's degree in History (1981 and 1983) from the Federal University of Minas Gerais. She is an associate professor at the Federal University of Minas Gerais, where she works in the undergraduate course in Museology/School of Information Sciences and in the postgraduate programmes in Information Sciences/UFMG, Promestre/UFMG and Museology and Heritage/UFRGS. She was coordinator of the UFMG Network of Museums and Spaces for Science and Culture (2017/2021), coordinator of the UFMG Artistic Collections Sector (2015-2018), director of the Abílio Barreto Historical Museum (1995-1996/1999-2000) and Superintendent of Museums of the State of Minas Gerais (2007-2010). Her research focuses on Museums and History, Cultural Heritage and Musealisation, Museums and University Collections. Areas of expertise: History, collecting, heritage and memory.

Jacqueline Custódio, Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS)

Possui graduação em Bacharelado em Direito pela Fundação Escola Superior do Ministério Público (2012), em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985). Advogada especialista em Direito Público pela Fundação Escola do Ministério Público (FMP). Atuando principalmente nos seguintes temas: gestão urbano-ambiental, espaço público, patrimônio cultural e público. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio e doutoranda em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS).

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Published

2025-08-02

How to Cite

Julião, L., & Custódio, J. (2025). Dopinho and the Missteps of Memory in a clandestine detention center in Porto Alegre. Patrimônio E Memória, 21(1), 1–21. https://doi.org/10.5016/10.5016/1808-1967.v21i1.2823