EXPERIÊNCIAS HISTÓRICAS DOS QUILOMBOLAS NO TOCANTINS

ORGANIZAÇÃO, RESISTÊNCIA E IDENTIDADES

Autores/as

Palabras clave:

Quilombo, Organização, Identidade

Resumen

Este artigo apresenta fragmentos da experiência histórica de algumas sociedades quilombolas no Tocantins, privilegiando as questões referentes à formação, às organizações, à resistência e à noção de pertencimento das comunidades; além disso, os valores, as referências culturais, as sociabilidades, os aspectos simbólicos da vida material, as transformações históricas desencadeadas e outros aspectos vividos pela população negra. Há, no Tocantins, aproximadamente 49 comunidades quilombolas. Este artigo contempla a dinâmica social de três sociedades quilombolas com base na análise da literatura das ciências sociais, da história, da etnobotânica e das narrativas dos próprios remanescentes.

Biografía del autor/a

Maria Aparecida Oliveira Lopes, Universidad Estatal de São Paulo UNESP

Graduada em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e doutora em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007). Fui professora titular da Fundação Universidade Federal do Tocantins (2008-2014). Atualmente sou professora da Universidade Federal do Sul da Bahia, nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, no Programa de Mestrado e Doutorado em Estado e Sociedade (PPGES) e no Programa de Mestrado em Ensino e Relações Étnico Raciais (PPGER) . Coordenei o PPGER no bienio (2017-2018).

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Publicado

2009-10-30

Cómo citar

Oliveira Lopes, M. A. (2009). EXPERIÊNCIAS HISTÓRICAS DOS QUILOMBOLAS NO TOCANTINS: ORGANIZAÇÃO, RESISTÊNCIA E IDENTIDADES. Patrimônio E Memória, 5(1), 99–118. Recuperado a partir de https://seer.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3852