Bicentenário de Cuiabá: rememoração e invenção do passado. O instituto histórico e geográfico de Mato Grosso, Virgílio Corrêa Filho

a invenção da modernidade em Mato Grosso e sua inserção no projeto de reconstrução da nação e da nacionalidade – 1919 a 1969

Autores

Palavras-chave:

Política, Festa, Memória

Resumo

O presente artigo pretende evidenciar o papel do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e sua atuação na reconstituição do passado de Mato Grosso, com o fim de verificar sua inserção no projeto de construção da identidade nacional e da nação, entre 1919 e 1969. Considera-se esses anos como marco temporal, entre a fundação do Instituto e a publicação da obra de Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso. O objetivo é dar visibilidade às práticas discursivas que tornaram possíveis as operações historiográficas, que ao reorganizar o passado silencia as diferenças redistribuindo os corpos, destituídos de seus tumultos, em um não-lugar, por uma escrita que faz fala calando.

Biografia do Autor

Odemar Leotti, Universidade Estadual Paulista UNESP

Possui graduação em Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (1993), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e Doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis (2013). Atualmente, é professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: Mato Grosso, soberania, ser-poder, ser-saber e indigenismo.

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Publicado

30-06-2011

Como Citar

Leotti, O. (2011). Bicentenário de Cuiabá: rememoração e invenção do passado. O instituto histórico e geográfico de Mato Grosso, Virgílio Corrêa Filho: a invenção da modernidade em Mato Grosso e sua inserção no projeto de reconstrução da nação e da nacionalidade – 1919 a 1969. Patrimônio E Memória, 7(1), 78–100. Recuperado de https://seer.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3703