MEMÓRIAS DA LUTA
A PARTICIPAÇÃO FEMININA NAS ORGANIZAÇÕES ARMADAS DE ESQUERDA NO PÓS-64.
Palavras-chave:
Militância feminina, Comportamento, História OralResumo
Neste artigo, pretendemos analisar a militância feminina em organizações armadas de esquerda, no período posterior ao ano de 1964. Para isso, buscamos explicitar os motivos que levaram as depoentes deste trabalho a se engajarem na luta armada, a forma como as organizações onde militaram viam e reagiam às mudanças comportamentais empreendidas por estas mulheres e a resposta apresentada pelas militantes a este posicionamento. Neste sentido, utilizamos cinco entrevistas como fontes para a pesquisa. A escolha destas depoentes se deveu às suas atuações corajosas e essenciais para o funcionamento de suas organizações. Ainda hoje, estas mulheres são vistas como membros importantes e representativos de seus grupos. Para o recolhimento e análise da documentação, foi utilizada a metodologia da História Oral, que permite dar voz a sujeitos históricos excluídos da historiografia. Esta mediação nos possibilita evidenciar a ativa participação feminina no fazer histórico, que por muito tempo permaneceu oculta.
Referências
ARNS, Paulo Evaristo. (Prefácio). Brasil, nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1990. p. 93-94.
BARROSO, Carmem Lúcia de Melo; MELLO, Guiomar Namo de. O acesso da mulher ao ensino superior brasileiro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 75, dez. 1975.
BARROSO, Carmem Lúcia de Melo. Estereótipos sexuais: possíveis contribuições da psicologia para a mudança. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 136, dez. 1975.
BLAY, Eva Alterman. Trabalho industrial x trabalho doméstico: a ideologia do trabalho feminino. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 9, dez. 1975.
BOTOSSO, Marcelo. A guerrilha ribeirão-pretana: história de uma organização armada revolucionária. 2001. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual Paulista, Franca. p. 61.
BRITO, Maria Noemi Castilhos. Mulheres como sujeitos sociais: a diferenciação feminina. Revista Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 173, 1987.
COLLING, Ana Maria. Resistência da mulher à ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos, 1997. p. 67-71.
D’AMORIM, Maria Alice. Cognição social, estereótipos de gênero e sexismo. Revista Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 158, dez. 1996.
GARCIA, Marco Aurélio. O gênero da militância: notas sobre as possibilidades de uma outra história de ação política. Cadernos Pagu, Campinas: ADUNICAMP, v. 8, n. 9, p. 334, 1997.
GOLDBERG, Maria Amélia Azevedo. Concepções sobre o papel da mulher no trabalho, na política e na família. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, dez. 1975.
MELLO, Guiomar Namo de. Os estereótipos sexuais na escola. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 142, dez. 1975.
MIRANDA, Glaura Vasques de. A educação da mulher brasileira e sua participação nas atividades econômicas, em 1970. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 23, dez. 1975.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. p. 186.
RABELLO, Ricardo da Costa. Aspectos socioeconômicos da profissionalização da mulher. Cadernos CERU, São Paulo, n. 6, p. 122, jun. 1973.
REIS FILHO, Daniel Aarão. A revolução faltou ao encontro: os comunistas no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 19.
RIDIENTI, Marcelo. Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução: do CPC à era da TV. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 23-42.
RIDIENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: UNESP, 1993. p. 197.
SAFFIOTI, Heleieth. Emprego doméstico e capitalismo. Rio de Janeiro: Avenir Editora, 1979. p. 28.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 64.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p. 30.
TORRÃO FILHO, Amílcar. Uma questão de gênero: onde masculino e feminino se cruzam. Cadernos Pagu, n. 24, p. 130, 2005.
VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 35.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Patrimônio e Memória
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
