Entre a ruptura e a permanência

uma síntese analítica e histórica do preconceito racial e social nas músicas: “sou negro”, “brincar de índio” e “fricote”

Autores

  • Elvis Rogerio Paes Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Palavras-chave:

Eurocentrismo, Aculturação, Black, Indigenismo, Música

Resumo

Se atentamente olharmos a sociedade brasileira do século XX, encontraremos elementos teóricos europeus defendidos no século XIX. Porém, tal constatação não deveria nos surpreender visto que, para o bem ou para o mal, somos produtos de uma construção histórica fundamentada em valores etnocêntricos da Europa Moderna. Os resultados desta herança cultural repercutem de forma negativa em classes sociais com mínima representatividade política tais como os indígenas e os negros. Diante deste cenário, este artigo procura analisar as letras de três canções que alcançaram uma ampla divulgação no território brasileiro entre os anos de 1970 e 1980, tendo por objetivo verificar se suas grafias apontam para uma permanência de (ou rupturas com) discursos de valores europeus no Brasil. As letras selecionadas compõem as músicas “Sou Negro”, “Brincar de Índio” e “Fricote”, interpretadas respectivamente por Tony Tornado, Xuxa e Luiz Caldas. 

Biografia do Autor

Elvis Rogerio Paes, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Sou formado em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus Jacarezinho-PR. Também sou graduado em Pedagogia pela Faculdade Educacional da Lapa - Lapa - PR. Atualmente estou em fase final de Especialização em Interdiciplinaridades em Humanas pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), e, sou mestrando no programa de Pós-Graduação em História na  UNESP- Campus Assis, na linha de pequisa de Políticas, Ações e Representações.  

Downloads

Publicado

2019-12-16

Como Citar

PAES, Elvis Rogerio. Entre a ruptura e a permanência: uma síntese analítica e histórica do preconceito racial e social nas músicas: “sou negro”, “brincar de índio” e “fricote”. Faces da História, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 496–512, 2019. Disponível em: http://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/1474. Acesso em: 29 mar. 2024.