A IMAGINAÇÃO COMO ANTÍDOTO
UMA ANÁLISE DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS EM CORDEL, DE JOÃO GOMES DE SÁ
Resumo
Este texto tem por objetivo apresentar uma análise da adaptação Alice no País das Maravilhas em Cordel, escrita por Gomes de Sá e ilustrada por Marcos Garuti (2010), visando detectar, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção (JAUSS, 1994; ISER, 1999 e 1996), se a obra mantém a comunicabilidade com seu leitor implícito, levando-o à reflexão crítica, por meio do rompimento de seus conceitos prévios e da ampliação de seus horizontes de expectativas. Para tanto, opta-se por uma análise comparativa entre essa obra e Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (2013), partindo-se do pressuposto, em consonância com Massaud Moisés (2005), de que essa possibilidade de leitura é possível em relação à temática da individuação e à abordagem pelo viés do fantástico. Nessa análise, buscam-se afinidades, homologias entre as duas poéticas — romance e literatura de folheto — manifestas em produção literária.