A REPRESENTAÇÃO DA CIDADE DISTÓPICA EM ZERO DE IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO

Autores

  • Erorci Ferreira Santana Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5016/msc.v28i0.1686

Palavras-chave:

Utopia, Zero, Distopia, Sátira, Carnavalização narrativa

Resumo

RESUMO:

O modelo embrionário de representação realista de uma sociedade injusta − a Inglaterra do século XVI −, narrado no Livro I da Utopia de Thomas More parece ter se desenvolvido e triunfado na prosa de ficção pós-moderna em representações de sociedades cujos governos autoritários tanto reificam ou exterminam os atores sociais quanto os devolvem a um estado de barbárie que se abre para todas as formas da violência. A razão da preeminência das representações realistas distópicas parece ser o recrudescimento do Estado liberal democrático e a ascensão dos governos totalitários no século XX, vistos tanto na dimensão do controle absoluto da vida dos indivíduos promovido pela experiência comunista quanto da supressão das garantias individuais no estado de exceção fascista. Neste ensaio, comento a representação pós-moderna da sociedade distópica e, a par dessa reapropriação poética, os aspectos formais do discurso contraideológico orientado pela poética do riso na representação do romance Zero de Ignácio de Loyola Brandão.

Biografia do Autor

Erorci Ferreira Santana, Universidade Federal de São Paulo

Poeta, professor, tradutor de espanhol, mestre em Letras pela Universidade Federal de São Paulo com defesa da dissertação A poética do riso na representação do Estado de Exceção em De dioses, hombrecitos y policías de Humberto Costantini.

Downloads

Publicado

2021-01-02

Como Citar

Ferreira Santana, E. (2021). A REPRESENTAÇÃO DA CIDADE DISTÓPICA EM ZERO DE IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO. Miscelânea: Revista De Literatura E Vida Social, 28, 13–37. https://doi.org/10.5016/msc.v28i0.1686

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS/ORIGINAL ARTICLES