OS SETE DORMENTES, DE ALEXANDRE HERCULANO
DO FOLHETIM AO LIVRO
Palavras-chave:
Alexandre Herculano, O Panorama, Lendas e Narrativas, Os Sete DormentesResumo
Alexandre Herculano (1810-1877), autor português, foi o introdutor do romance histórico em Língua Portuguesa. Iniciou publicando, entre 1839 e 1844, sobretudo em O Panorama, periódico oitocentista, o que seriam as primeiras narrativas históricas e selecionou algumas delas para compor os tomos de Lendas e Narrativas (1851). Em 1970, o crítico Vitorino Nemésio (1901-1978), quando dirigia as publicações das obras completas de Herculano pela Livraria Bertrand, alterou Lendas e Narrativas: suprimiu dois textos literários, acrescentou as narrativas que Herculano havia deixado nas páginas de O Panorama e, dentre elas, como apêndice, coligiu Os Sete Dormentes, justificando tratar-se, também, de uma lenda redigida pelo escritor oitocentista. Este estudo se propõe a analisar o texto de Herculano – Os Sete Dormentes – em relação ao estilo literário, mas também em comparação com as outras ficções históricas, para verificar se há motivações e justificativas de acrescentá-lo como apêndice a Lendas e Narrativas. Para tanto, dialogamos, com as próprias alegações de Alexandre Herculano e de Vitorino Nemésio, mas também com as propostas de João Lourival da Rocha Oliveira e Silva e de Maria de Fátima Marinho.



