Jardins brasileiros em perspectiva histórica
Notas sobre as origens, as funções e o projeto das praças do Recife
Palavras-chave:
Jardins, Arquitetura da paisagem, História, Séculos XIX e XX, BrasilResumo
Este texto investiga os jardins públicos brasileiros considerando suas origens, funções e projeto no final do século XIX e início do XX. Examina, em particular, as praças ajardinadas construídas na cidade do Recife, levando em consideração sua relação com os espaços urbanos preexistentes e construções adjacentes, bem como o papel da vegetação, traçado, elementos aquáticos, esculturas e outros ornamentos e equipamentos. Desse modo, o texto divide-se em quatro partes. Primeiro, apresenta o contexto do desenvolvimento dos jardins públicos nas cidades brasileiras, os quais abrangiam passeios, praças e parques. Segundo, discute as origens do conceito de “square” e sua disseminação em países estrangeiros. Terceiro, analisa as praças ajardinadas do Recife, traçando analogias entre elas e suas congêneres europeias. Por fim, é nossa intenção lançar luz sobre a cultura “jardinística” brasileira bem como sobre a importância da preservação dos jardins públicos em razão de seus significados históricos, culturais, sociais e ecológicos, especialmente considerando o alto grau de urbanização das cidades pós-industriais.
Referências
ANDRADE, Gilberto Osório de. Pequena História da Praça da República. In: ARQUIVO PÚBLICO ESTADUAL (Org.). Um Tempo do Recife. Recife: Arquivo Público Estadual. p. 179-208.
ARRAIS, Raimundo Pereira Alencar. Recife, culturas e confrontos: as camadas urbanas na Campanha Salvacionista de 1911. Natal: Editora da UFRN, 1998.
CORONA, Eduardo; LEMOS, Carlos A. C. Dicionário da Arquitetura Brasileira. São Paulo: Edart, 1972.
DIARIO DE PERNAMBUCO. Vaccina excelente, 1871/08/24.
DIARIO DE PERNAMBUCO. Jardim do Campo das Princezas, 1872/10/21.
DIARIO DE PERNAMBUCO. Inauguração do jardim Conde d’EU, 1875/10/16.
FREYRE, Gilberto. Os Ingleses no Brasil: aspectos da influência britânica sobre a vida, a paisagem e a cultura do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1977.
GIEDION, Sigfried. Space, time and architecture: the growth of a new tradition. 5 ed. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1967.
GOODMAN, Phebe S. The garden squares of Boston. Hanover and London: University Press of New England, 2003.
JUNQUEIRA, João José de Oliveira. Falla com que o Exm. presidente da provincia abrio a Assembléa Legislativa Provincial de Pernambuco no dia 1º de março de 1872. Typ. de M. Figueiroa de Faria & Filhos, Pernambuco, 1872.
LAROUSSE, Pierre. Nouveau Larousse illustré: dictionnaire universel encyclopédique. Paris: Librairie Larousse, 1898-1904 (publié sous la direction de Claude Augé).
LIMIDO, Luisa. L’art des jardins sous le second empire: Jean-Pierre Barillet-Deschamps (1824-1873). Seyssel: Éditions Champ Vallon,2002.
LITTRÉ, Émile. Dictionnaire de la langue française: contenant la nomenclature, la grammaire, la signification des mots, la partie historique, l’étymologie. Paris, Londres: Librairie Hachette et Cie, 1876.
LONGSTAFFE-GOWAN, Todd. The London Square: gardens in the midst of town. New Haven: Published for The Paul Mellon Centre for Studies in British Art by Yale University Press, 2012.
LOUDON, John Claudius. Hints on the formation of gardens and pleasure grounds. London: John Harding, 1812.
_______. An encyclopedia of gardening. 2nd edition. London: Longman, Hurst, Rees, Orme, Brown, and Green, 1824.
MURRAY, James Augustus Henry, Sir. The compact edition of the Oxford English Dictionary. Oxford: Oxford University Press, 1971.
PANZINI, Franco. Per i piaceri del popolo: l’evoluzione del giardino pubblico in Europa dalle origini al XX secolo. Bologna: Zanichelli, 1993.
REPTON, Humphry. An enquiry into the changes of taste in landscape gardening: to which are added, some observations on its theory and practice, including a defence of the art. J. London: Taylor, 1806.
ROBINSON, William. The parks, promenades, & gardens of Paris, described and considered in relation to the wants of our own cities, and the public and private gardens. London: J. Murray, 1869.
SETTE, Mario. Maxambombas e Maracatus. 4 ed. Fundação de Cultura Cidade do Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, Recife, 1981.
SILVA, Aline de Figueirôa. Jardins do Recife: uma história do paisagismo no Brasil (1872-1937). Recife: Cepe, 2010.
_______. El square y la difusión de los jardines públicos brasileños. Diseño en Síntesis: Reflexiones sobre la Cultura del Diseño, v. 55, p. 92-103, 2016.
_______. Entre a implantação e a aclimatação: o cultivo de jardins públicos no Brasil nos séculos XIX e XX. 2016. 406f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da lingua portugueza composto pelo padre D. Rafael Bluteau, reformado, e accrescentado por Antonio de Moraes Silva natural do Rio de Janeiro. Lisboa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789. Disponível em: <<http://www.bbm.usp.br>>. Acesso em: 24 jul. 2012.
________. Diccionario da Lingua Portugueza. 7 ed. Lisboa: Typographia de Joaquim Germano de Sousa Neves, 1878.
SIMPSON, J. A.; WEINER, E. S. C. The Oxford English Dictionary. Oxford: Clarendon Press, 1989.
TEIXEIRA, Manuel Luís. Dicionário Ilustrado de Belas-Artes. Lisboa: Editorial Presença, 1985.
VIEIRA, Domingos. Grande Diccionario Portúguez ou Thesouro da Lingua Portugueza pelo Dr. Frei Domingos Vieira dos eremitas calçados de Santo Agostinho. Porto: Casa dos Editores Ernesto Chardron e Bartholomeu H. de Moares, 1874.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Patrimônio e Memória

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.