MODOS DE FAZER E A MATERIALIDADE DA CULTURA “IMATERIAL”

O CASO DO QUEIJO ARTESANAL DE MINAS GERAIS.

Autores

Palavras-chave:

Patrimônio cultural, Modos de fazer, Queijo Minas

Resumo

A partir da experiência da investigação sobre o modo de fazer queijo artesanal em Minas Gerais e do Dossiê Interpretativo dessa tradição, produzidos para o IPHAN, requisito para o registro dessa dinâmica como bem da cultura imaterial do Brasil, reflete-se aqui sobre a interpretação do patrimônio cultural e questiona-se a terminologia “imaterial” como nomeadora de um conceito. Evidenciam-se os riscos da dicotomia material/imaterial no processo de interpretação e reconhecimento da memória construída socialmente, da dinâmica das tradições expressas nos fazeres cotidianos e da busca de instrumentos de salvaguarda para os bens culturais dessa natureza.

Biografia do Autor

José Newton Coelho Meneses, Universidade Estadual Paulista UNESP

Professor Associado do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais e orientador pleno no Programa de Pós-Graduação em História/FAFICH/UFMG. Graduado em Medicina Veterinária pela EV-UFMG (onde foi professor adjunto de 2004 a 2009) e em História pela FAFICH/UFMG. Possui Mestrado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2003). Foi diretor do Centro de Estudos Mineiros da FAFICH/UFMG (gestões 2015-2017 e 2018-2021). Investigador no Brasil da Rede DIAITA-Património alimentar na Lusofonia. Realizou estágio pós-doutoral com Bolsa de Estágio Sênior da CAPES, na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS (Enseignant Chercheur Invité), em Paris, França, de setembro de 2014 a julho de 2015. 

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Publicado

30-12-2009

Como Citar

Coelho Meneses, J. N. (2009). MODOS DE FAZER E A MATERIALIDADE DA CULTURA “IMATERIAL”: O CASO DO QUEIJO ARTESANAL DE MINAS GERAIS. Patrimônio E Memória, 5(2), 19–33. Recuperado de https://seer.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/3863