FRAGMENTAÇÃO NARRATIVA E MELANCOLIA EM TRILOGIA DO ADEUS (2017)
DOI :
https://doi.org/10.5016/msc.v33i0.2521Mots-clés :
Melancolia, Fragmentação narrativa, Trilogia do adeus, João Anzanello Carrascoza, Romance contemporâneoRésumé
O presente artigo trata-se de um recorte da tese ainda em construção e tem por objetivo geral analisar os impulsos melancólicos presentes na Trilogia do Adeus (2017), de João Anzanello Carrascoza. Os impulsos melancólicos podem ser interpretados pela posição do narrador em relação ao que é narrado, a fragmentação temporal, geralmente marcada pela imprecisão e a fragmentação narrativa, em que o texto apresenta lacunas e silenciamentos. Assim, é apresentada uma leitura da Trilogia do adeus (2017) apontando a melancolia como característica que une as três narrativas para, em seguida, partir para a leitura de cada uma das obras separadamente. O referencial teórico utilizado para a construção das análises conta com os textos de Freud, Mal-estar na civilização (2011) e Luto e Melancolia (1989); Jaime Ginzburg (2012); Theodor Adorno (2012); Erich Auerbach (2013); Walter Benjamin (1994) e Suzana Kampf Lages (2019). Assim, o presente estudo pretende contribuir com o paradigma dos estudos da relação Melancolia e Literatura, propondo uma nova leitura para as obras que compõem a Trilogia do Adeus (2017).