MEMORIAL DE AIRES
TEMPO DE REVIVER
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v22i0.1102Palavras-chave:
Machado de Assis, Memorial de Aires, tempo, narrativa e memóriaResumo
O artigo se propõe a fazer uma abordagem sobre o Tempo na obra Memorial de Aires, de Machado de Assis. São preponderantes nesta modalidade de texto os aspectos referentes ao Tempo, não apenas como elemento peculiar da narrativa, mas também como tematização da última obra escrita pelo mestre carioca, considerando-se, ainda, a carga semântica que traz em si o termo “memorial”. Trata-se de uma breve reflexão baseada nos estudos de Octavio Paz, Gaston Bachelard. Jeanne Marie Gagnebin, a propósito da leitura sobre Walter Benjamim e de pressupostos sobre Tempo e Memória, de Raul Castagnino, tomados para demonstrar que o Memorial de Aires, como representação do constante diálogo entre passado, presente e futuro, integra tais dimensões no conjunto do que chamamos obra literária. O Tempo, portanto, como instância constitutiva da ficção, confere à narrativa proporções maiores, reitera as amarras existentes entre a memória e a imaginação. É o elemento ativo propulsor dos fatos, construtor da história.