A LITERATURA NÃO ATURA
UMA REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO E CULTURA EM MOVIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.5016/msc.v26i0.1451Palavras-chave:
Literatura; democracia; leitura; performanceResumo
Esse artigo trata dos mecanismos de produção e circulação literária, levando em conta sua penetração social e relações institucionais. Na primeira parte, foi examinada a recolha de 98 mil exemplares do livro Enquanto o sono não vem, de José Mauro Brant, feito pelo Ministério da Educação, no ano de 2017, em bibliotecas e escolas públicas. A interferência do Estado tem como um de seus principais desdobramentos a retirada de autonomia do professor de literatura. Na segunda parte, foram discutidas algumas políticas públicas que envolvem direta ou indiretamente a literatura, suas dificuldades de permanência e frágeis iniciativas de integração entre o ensino com outros sistemas de produção cultural. A análise evidencia como a penetração da literatura no espaço público, por meio de performances, eventos e a ocupação de espaços culturais contribuem para o aperfeiçoamento das relações democráticas na sociedade.